Cientistas que representam mais de 93 centros europeus e institutos de pesquisa em plantas e ciências da vida endossaram um documento de posicionamento para que formuladores de políticas europeias decidam sobre a edição de genes e outras inovações baseados em ciência vegetal e agricultura. A decisão exige a submissão de técnicas de reprodução de precisão, como a edição do genoma, baseadas no mesmo manual regulatório que rege os organismos geneticamente modificadas (OGMs).
“Descobrimos que a decisão é irresponsável diante dos atuais desafios agrícolas de longo alcance no mundo. Esta declaração é a prova de um forte consenso entre a comunidade acadêmica de pesquisa em ciências da vida na Europa sobre as consequências negativas desta decisão. Os impactos em nossa sociedade e economia serão enormes”, diz o documento assinado pelos cientistas.
De acordo com os pesquisadores, a decisão foi tomada depois que a União Europeia classificou todos os organismos geneticamente modificado como se fossem transgênicos. “Com isso, os agricultores europeus podem ser privados de uma nova geração de variedades de culturas mais resistentes ao estresse climático e mais nutritivas, que são urgentemente necessárias para responder aos atuais desafios ecológicos e sociais”, comentam.
A decisão do tribunal europeu já foi criticada pelo principal painel científico da União Europeia, pelo Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA), Conselho da Bioeconomia alemão, produtores de semente na Holanda e 13 nações que usaram a Organização Mundial da Saúde para apresentar um documento de posicionamento que apoie políticas que promovam a inovação agrícola.
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