Um debate envolvendo gente tarimbada em relações e comércio internacional, além de executivos de grupos internacionais. Mediação do jornalista Augusto Nunes e formato semelhante ao Programa Roda Viva, da TV Cultura de São Paulo. E uma triste constatação: em doze anos, o Brasil perdeu espaço como ator no comércio e na política internacional. Este foi o resultado da “Roda Viva – Nova Geopolítica”, que marcou o encerramento do 16º Congresso Brasileiro do Agronegócio, promovido nesta segunda-feira pela Associação Brasileira do Agronegócio (ABAG), no Sheraton WTC São Paulo Hotel, na capital paulista.
O debate contou com a presença de Alejandro Muñoz, Vice-presidente Global de Negócios da DuPont Pioneer; Devry Boughner Vorwerk, Vice-presidente Global de Assuntos Corporativos da Cargill; Nelson Ferreira, Sócio da McKinsey Consultoria; Roberto Jaguaribe, Embaixador Presidente da Apex-Brasil; Rubens Barbosa, Embaixador, Presidente da Abitrigo, e Rubens Ricupero, Embaixador, Diretor da Faculdade de Economia da FAAP.
Acompanhe algumas das frases mais marcantes:
# “O Brasil não tem política externa comercial”
# “Mesmo com todo o trabalho para reverter a imagem negativa da carne brasileira, a verdade é que o nosso ministério da Agricultura não é competente”
# “Não fizemos nenhum acordo comercial relevante em doze anos. Nem mesmo com o Mercosul. Só agora estamos tentando correr atrás. Mas precisa de velocidade”
# “O seguro rural no Brasil precisa de um desenvolvimento muito maior que. Os Estados Unidos têm enormes vantagens sobre nós”
# “O rumo do câmbio no Brasil preocupa demais. Está muito volátil. E isso é problema também para o Agronegócio, que importa insumos, fertilizantes, defensivos”.
Fonte: Revistas Beef – Ave – Pork